12 de julho de 2014

Curiosidades sobre a Floresta Atlântica

A Mata Atlântica é uma grande extensão vegetal localizada no Brasil, Paraguai e Argentina. No território nacional ocupava aproximadamente 17 estados brasileiros, mas hoje está presente em apenas 104 mil km², que se estende pelos estados de Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes. A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta.
Entre as cinco florestas com maior biodiversidade do mundo, hoje a Mata Atlântica sofre com o corte ilegal de árvores, especulação imobiliária, tráfico de animais e poluição ambiental, o que tem provocado grande risco de desaparecimento das espécies.

A relação entre animais e plantas

A relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma espécie vegetal é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio.

Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersadas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que alimentam-se de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão.
Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos aproveitam os frutos caídos no chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas.

Um breve resumo sobre os grupos:

Mamíferos

No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a fauna brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas a variedade de espécies de pequeno porte se manteve.
A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55 endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas. São os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça, verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais.
Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um número razoável de espécies (Adams, 2000).

Aves

A Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188 espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos) (Por, 1992).

Anfíbios

Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia alimentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso evolutivo.

Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies.

A Mata Atlântica concentra 370 espécies de anfíbios, cerca de 65% das espécies brasileiras conhecidas. Destas, 90 são endêmicas, evidenciando a importância deste grupo.

Répteis

Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga. No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA,2000). Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui 150 espécies, das quais 43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas. (Por, 1992)

Peixes

Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento. ( MMA, 2000)

O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350, destas, 133 são endêmicas. O alto grau de endemismo é resultado do processo de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. (MMA, 2000)

A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento. Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida. Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se alimentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000), contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático.

19 de junho de 2014

A Teoria de Darwin

Introdução
Foi em 1858 que Charles Darwin apresentou a teoria da seleção natural das espécies. Pela primeira vez na história um estudioso apresentava uma hipótese racional e materialista sobre a evolução e expunha um novo ponto de vista para a origem do ser humano, causando grande polêmica, na medida em que sua teoria se contrapunha ás teses teológicas, que atribuíam ao homem uma origem divina.
Darwin estudou teologia na Universidade de Cambridge e posteriormente embarcou no navio Beagle, rumo a América do Sul, passando ainda pela África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, numa viagem de três anos, durante os quais observou que a fauna das distintas ilhas era similar, ainda que existissem variações muito significativas. Depois de um exaustivo trabalho empírico, supôs que as espécies não são imutáveis e que podem sofrer mudanças para sobreviver e se adaptar melhor ao meio.

Teoria
A partir de 1838 Darwin, deu forma a uma teoria sobre a evolução dos seres vivos, incluindo a ideia de “seleção natural”, segundo as quais só sobreviviam os indivíduos de uma mesma espécie que sofriam mutações para se adaptar às mudanças da natureza, que eram incorporadas pelas gerações seguintes, possibilitando a continuidade de sua existência e sua evolução, incluindo os seres humanos.
No final de 1859, foi publicada a obra “A Origem das Espécies”, cuja primeira edição se esgotou num dia. As ideias apresentadas na obra criaram grande polêmica, que alcançou grande dimensão devido ao destaque dado pela imprensa, ampliando a repercussão fora do âmbito acadêmico. Apesar da agitação criada a partir da mídia, a comunidade científica valorizou suas ideias, que estavam bem argumentadas com uma sólida base de observações empíricas. A polêmica envolveu uma sociedade marcada pelo conservadorismo, determinado pela forte influência das concepções religiosas e do moralismo da época, que se recusava a aceitar sua visão científica.
Em 1871, Darwin publicou A origem do homem e a seleção natural. Ainda que a obra anterior - A origem das espécies - lhe parecesse suficiente para compreender a origem do homem e seu desenvolvimento, procurou satisfazer uma parte importante dos naturalistas que admitiam como princípio a seleção natural. Com essa nova obra, Darwin tratou de três problemas fundamentais. Primeiro: precede o homem, como qualquer outra espécie, de outra forma preexistente? Segundo: como ocorreu a evolução humana? Terceiro: como se explicam as diferenças entre os grupos humanos? Como Darwin receava inicialmente, a publicação da sua obra provocou intensas polêmicas por conta da hipótese de que o homem procedia de espécies inferiores e seu antepassado mais próximo era o macaco.

O ensino
Se entre os biólogos e os cientistas naturais a Teoria da Evolução é amplamente aceita e encontra pouca resistência, essa teoria ainda é de difícil compreensão para parcela significativa da população que, apesar de conhecer o trabalho de Darwin, a seleção natural e a evolução das espécies, conhece superficialmente, ou seja, de maneira preconceituosa e cheia de dúvidas. A falta de pesquisa e debate no ensino faz com que existam lacunas, situações não explicadas, portanto, não muito claras para os estudantes, que acham estranho ou desagradável descender de macacos e por isso passam a desconfiar, ou a não aceitar a Teoria da Evolução. “Quando se ensina a Teoria Sintética da Evolução é necessário explicar corretamente os conceitos, para que se perceba que homens e macacos tiveram um ancestral comum, não exatamente um macaco, mas um primata”.

Criacionismo
Os criacionistas, grupo que apoia a visão bíblica de que Deus criou o mundo em seis dias há aproximadamente 6 mil anos, já investiram várias vezes contra a teoria de Darwin.
No entanto, nos últimos anos, os criacionistas deixaram de lado o discurso radical fundamentalista, tradicionalmente feito por religiosos que bradavam seus dogmas erguendo a bíblia, e os substituíram por uma teoria que se mostra mais racional e menos dogmática.

A Teoria do Plano Inteligente (IDT) é a forma de criacionismo mais recente, considerada mais sofisticada e que se apresenta com menor vigor religiosa, preocupada em contestar a teoria evolucionista, utilizando um discurso científico. Essa teoria nasceu no Discovery Institute de Seattle, um centro conservador inaugurado em 1990. Os defensores modernos do criacionismo procuram se colocar no campo do debate científico, mas ao mesmo tempo se consideram como uma “ponte entre ciência e religião”, não escondendo a base religiosa da teoria em questão.

A mais recente polêmica ocorreu no Kansas (EUA), numa disputa jurídica quanto ao ensino sobre a origem da vida nas escolas. Nos últimos anos, numa séria de questões polêmicas – que incluí a eleição presidencial – nos Estados Unidos, e não apenas no debate sobre a criação, destaca-se a recuperação da influência do fundamentalismo religioso no país. 

Um breve resumo sobre a evolução das espécies.


Tartarugas marinhas

Uma vez que as tartarugas marinhas atingem certa idade, a vida é muito legal. Elas surfam as correntes oceânicas, brincando em torno dos recifes de coral à procura de águas-vivas, admirando as cores. Se estiverem se sentindo antissociais, podem se esconder dentro de seus cascos fortes e camufladas e fingir serem rochas. Infelizmente, apenas uma em mil tartarugas consegue tal vida, por causa da sequência angustiante de eventos com que são confrontadas desde o nascimento.

As tartarugas marinhas nascem sem as mães. Dois meses antes de eclodirem, sua mãe encontra uma praia, cava um buraco circular e deposita cerca de 200 ovos para incubação.
Em uma tentativa de evitar predadores, ela tapa o buraco, suaviza a areia para esconder sua localização, e volta indiferente para o oceano. Uma vez que eclodem, as tartarugas marinhas bebê cavam para a superfície até que veem luz suficiente para determinar se é noite ou dia. Então, geralmente quando está escuro, irrompem para fora do buraco e fazem uma louca corrida para o oceano, através do pior caminho com obstáculos já construído.
Elas correm por suas vidas esquivando-se de algas e caranguejos enquanto evitam serem comidas e atacadas por pássaros, guaxinins e gatos que procuram uma refeição fácil. Se as tartarugas têm a sorte grande de chegar ao mar, nadam tão rápido quanto possível, lutando contra ondas e a maré para chegar ao oceano, onde começam o que os especialistas consideram seus “anos perdidos”. Este é o período de dez anos no qual a juventude torna as tartarugas incapazes de fazer tarefas normais. Elas são simplesmente arrastadas inexoravelmente pela água, constantemente evitando emaranhados mortais de algas e predadores, como se fosse um sushi bar sem vontade própria. Pobres tartaruguinhas.

Algumas espécies descobertas em 2014

A natureza é definitivamente um campo infinito de estudo. Com sua riqueza e variedade, fornece matéria-prima para cada vez mais estudos, sempre deixando espaço para novas descobertas.
A seleção de novas espécies que você vai conferir agora é um exemplo disso. E ainda vem com o bônus de nos faz pensar o que mais a natureza esconde de nossos olhos e o que podemos descobrir no futuro.

Olinguito
O Olinguito foi descoberto em Tandayapa Bird Lodge, no Equador. Os animais foram encontrados em zoológicos, mas até recentemente não eram considerados uma nova espécie.



Árvore dragão
Popularmente conhecida como “Dragon Tree”, a Dracaena kaweesakii foi descoberta na Tailândia. Sua flor é incrivelmente linda. Conta com pétalas brancas e filamentos cor de laranja.


Anêmonas de gelo
A Edwardsiella andrillae é uma nova espécie de anêmona, que vive na parte de baixo do gelo marinho antártico. Lugar estranho para se morar, não?


O camarão esqueleto
O Liropus minusculus é mede apenas alguns milímetros de comprimento. Este camarão translúcido vive em cavernas do mar na ilha de Santa Catalina – na Califórnia (Estados Unidos).



Penicilina laranja
Uma nova espécie de fungos foi encontrada no solo da Tunísia. Por conta de sua cor, recebeu o nome de Penicillium vanoranjei, mas também pode ser chamado de “penicilina laranja”.



Lagartixa “rabo de folha”
A Saltuarius eximius é uma nova espécie de lagartixa que pode ser encontrada em florestas remotas do norte da Austrália. Como você pode ver nas imagens, sua cauda tem formato de folha e toda sua pele é adaptada para se camuflar em cenários de natureza selvagem.



Ameba protista
A Spiculosiphon oceana é um micro-organismo protista unicelular bizarro que constrói uma concha em seu corpo a partir de pedaços de esqueletos descartados de esponjas marinhas. Sustentabilidade marinha, a gente vê por aqui! Embora seja feita de uma só célula, a ameba tem cerca de 4 cm de comprimento.



Micróbios resistentes à faxina
O Tersicoccus phoenicis é um micróbio isolado recém descoberto, que é encontrado mesmo em salas limpas. Sim: ele tem a incrível capacidade de resistir a todo e qualquer tipo de tentativa de esterilização.


A vespa Sininho
Esse inseto todo estranho que você está vendo em superclose na foto recebeu o nome de Tinkerbella nana (Tinkerbell é o nome da personagem da fada “Sininho” em inglês). A vespa é um parasitoide que mede apenas 250 micrômetros de comprimento e vive na Costa Rica.


O caracol transparente
Apesar de gosmento, esse caracol terrestre é um tanto fascinante. Ele vive na Croácia e tem uma cúpula transparente, como você pode admirar nas imagens. Batizado de Zospeum tholussum, ele também não têm olhos, pois seu habitat natural são cavernas absolutamente escuras. Uma curiosidade interessante: os caracóis dessa espécie se movem apenas alguns centímetros por semana, no máximo. A maior parte deles passa a vida simplesmente andando em círculos. [LiveScience]

14 de outubro de 2012

Fóssil raro preservou um momento de terror ocorrido há 100 milhões de anos, no período Cretáceo

Encontrado recentemente, um fóssil raro preservou um momento de terror ocorrido há 100 milhões de anos, no período Cretáceo: uma aranha prestes a atacar sua presa.

 “Era uma vespa que de repente se viu presa em uma teia de aranha”, conta o pesquisador George Poinar, da Universidade Estadual do Oregon em Corvallis (EUA), que está estudando o fóssil. “Este era o pior pesadelo da vespa, e jamais terminou. Ela estava vendo a aranha prestes a atacá-la, quando resina de árvore escorreu e capturou ambas”.

 Além do pesadelo da pobre vespa, o âmbar capturou uma situação curiosa: na mesma teia, havia outra aranha, e ambas eram machos – vale lembrar que as aranhas não são conhecidas por serem amigáveis com seus visitantes (mesmo que sejam da mesma espécie). De acordo com os pesquisadores, esta é a mais antiga evidência de comportamento social entre esses animais.

 Em tempo: foi uma pesquisa de Poinar (que buscou extrair e sequenciar DNA de dinossauro a partir de fósseis de âmbar) que inspirou Michael Crichton a escrever Jurassic Park – o livro que deu origem ao filme.

Pesquisadores acreditam que dinossauros surgiram nove milhões de anos antes do que se acreditava até então.


 
Pesquisadores acreditam que as primeiras criaturas parecidas com dinossauros surgiram nove milhões de anos antes do que se acreditava até então.

A conclusão veio de um estudo sobre pegadas encontradas em rochas de 250 milhões de anos, na Polônia. As pegadas datam de apenas dois milhões de anos após a extinção em massa do fim do período Permiano, que foi a pior extinção em massa da história do planeta.

A extinção do Permiano exterminou mais de 90% de toda a vida na Terra, devido a erupções vulcânicas maciças, aquecimento global súbito e estagnação dos oceanos.

Até pouco tempo atrás, os cientistas acreditavam que os dinossauros surgiram 15 ou 20 milhões de anos após a extinção em massa, quando o planeta se tornou mais habitável. Porém, as pegadas recentes sugerem que o surgimento dos dinossauros está intimamente relacionado com o evento de extinção devastador.

Ou seja, os pesquisadores acham que, sem essa extinção em massa, os dinossauros nunca teriam surgido. Segundo eles, há um grau de simetria nessa conclusão, porque quando os dinossauros foram extintos, há 65 milhões de anos, isso abriu espaço para os mamíferos existirem.

A criatura da pegada foi nomeada de Prorotodactylus. As pegadas são pequenas, medem poucos centímetros, o que sugere que os primeiros animais do tipo dinossauro eram do tamanho de gatos domésticos. Eles teriam pesado um ou dois quilos, e andavam em quatro pernas. Eram animais muito raros.

Os pesquisadores afirmaram que é possível dizer que a linhagem de dinossauros se originou como consequência desta extinção, o que é uma ideia completamente nova e uma reinterpretação muito radical da história primitiva dos dinossauros.

Mas há um porém no estudo. Embora as pegadas sejam características de criaturas como dinossauros, elas não fornecem uma prova absoluta, que seria, por exemplo, um esqueleto fossilizado. Segundo os cientistas as pegadas são um pouco abertas à interpretações diferentes, já o esqueleto seria uma prova conclusiva.

Os especialistas consideram a descoberta muito importante, mas por enquanto, ainda falta um pouco de evidência para sustentar a teoria. [BBC]

Caverna



O interior de uma caverna no Alabama, EUA Caverna (do latim cavus, buraco), gruna ou gruta (do latim vulgar grupta, corruptela de crypta) é toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. Ocorrem com maior frequência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral.

São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectônicas, biológicas e atmosféricas. Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, esse ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa. Outros animais como os morcegos, podem transitar entre seu interior e exterior. As cavernas também foram utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e moradia para o homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências arqueológicas e pela arte rupestre. Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de tocas, lapas ou abismos. Os termos relativos a caverna geralmente utilizam a raiz espeleo, derivada do latim spelaeum, do grego σπήλαιον, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca".
As cavernas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia. Além da importância científica, a exploração de cavernas representa um grande papel no turismo de aventura (ou ecoturismo), sendo uma parte importante da economia das regiões em que ocorrem.

A maior gruta conhecida está localizada em Sintra, Portugal, e estima-se ter mais de 2 milhões de anos, a maior estalactite tem 69 centímetros. Devido à degradação da gruta pensa-se que irá ruir nos próximos 15 anos, para tal foi contratada a empresa B.E.R.N.A.S para estabilizar a degradação da gruta.

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