Uma vez que as tartarugas
marinhas atingem certa idade, a vida é muito legal. Elas surfam as correntes
oceânicas, brincando em torno dos recifes de coral à procura de águas-vivas,
admirando as cores. Se estiverem se sentindo antissociais, podem se esconder
dentro de seus cascos fortes e camufladas e fingir serem rochas. Infelizmente,
apenas uma em mil tartarugas consegue tal vida, por causa da sequência
angustiante de eventos com que são confrontadas desde o nascimento.
As tartarugas marinhas nascem sem
as mães. Dois meses antes de eclodirem, sua mãe encontra uma praia, cava um
buraco circular e deposita cerca de 200 ovos para incubação.
Em uma tentativa
de evitar predadores, ela tapa o buraco, suaviza a areia para esconder sua
localização, e volta indiferente para o oceano. Uma vez que eclodem, as
tartarugas marinhas bebê cavam para a superfície até que veem luz suficiente
para determinar se é noite ou dia. Então, geralmente quando está escuro,
irrompem para fora do buraco e fazem uma louca corrida para o oceano, através
do pior caminho com obstáculos já construído.
Elas correm por suas vidas
esquivando-se de algas e caranguejos enquanto evitam serem comidas e atacadas
por pássaros, guaxinins e gatos que procuram uma refeição fácil. Se as
tartarugas têm a sorte grande de chegar ao mar, nadam tão rápido quanto
possível, lutando contra ondas e a maré para chegar ao oceano, onde começam o
que os especialistas consideram seus “anos perdidos”. Este é o período de dez
anos no qual a juventude torna as tartarugas incapazes de fazer tarefas
normais. Elas são simplesmente arrastadas inexoravelmente pela água,
constantemente evitando emaranhados mortais de algas e predadores, como se
fosse um sushi bar sem vontade própria. Pobres tartaruguinhas.
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