19 de junho de 2014

A Teoria de Darwin

Introdução
Foi em 1858 que Charles Darwin apresentou a teoria da seleção natural das espécies. Pela primeira vez na história um estudioso apresentava uma hipótese racional e materialista sobre a evolução e expunha um novo ponto de vista para a origem do ser humano, causando grande polêmica, na medida em que sua teoria se contrapunha ás teses teológicas, que atribuíam ao homem uma origem divina.
Darwin estudou teologia na Universidade de Cambridge e posteriormente embarcou no navio Beagle, rumo a América do Sul, passando ainda pela África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, numa viagem de três anos, durante os quais observou que a fauna das distintas ilhas era similar, ainda que existissem variações muito significativas. Depois de um exaustivo trabalho empírico, supôs que as espécies não são imutáveis e que podem sofrer mudanças para sobreviver e se adaptar melhor ao meio.

Teoria
A partir de 1838 Darwin, deu forma a uma teoria sobre a evolução dos seres vivos, incluindo a ideia de “seleção natural”, segundo as quais só sobreviviam os indivíduos de uma mesma espécie que sofriam mutações para se adaptar às mudanças da natureza, que eram incorporadas pelas gerações seguintes, possibilitando a continuidade de sua existência e sua evolução, incluindo os seres humanos.
No final de 1859, foi publicada a obra “A Origem das Espécies”, cuja primeira edição se esgotou num dia. As ideias apresentadas na obra criaram grande polêmica, que alcançou grande dimensão devido ao destaque dado pela imprensa, ampliando a repercussão fora do âmbito acadêmico. Apesar da agitação criada a partir da mídia, a comunidade científica valorizou suas ideias, que estavam bem argumentadas com uma sólida base de observações empíricas. A polêmica envolveu uma sociedade marcada pelo conservadorismo, determinado pela forte influência das concepções religiosas e do moralismo da época, que se recusava a aceitar sua visão científica.
Em 1871, Darwin publicou A origem do homem e a seleção natural. Ainda que a obra anterior - A origem das espécies - lhe parecesse suficiente para compreender a origem do homem e seu desenvolvimento, procurou satisfazer uma parte importante dos naturalistas que admitiam como princípio a seleção natural. Com essa nova obra, Darwin tratou de três problemas fundamentais. Primeiro: precede o homem, como qualquer outra espécie, de outra forma preexistente? Segundo: como ocorreu a evolução humana? Terceiro: como se explicam as diferenças entre os grupos humanos? Como Darwin receava inicialmente, a publicação da sua obra provocou intensas polêmicas por conta da hipótese de que o homem procedia de espécies inferiores e seu antepassado mais próximo era o macaco.

O ensino
Se entre os biólogos e os cientistas naturais a Teoria da Evolução é amplamente aceita e encontra pouca resistência, essa teoria ainda é de difícil compreensão para parcela significativa da população que, apesar de conhecer o trabalho de Darwin, a seleção natural e a evolução das espécies, conhece superficialmente, ou seja, de maneira preconceituosa e cheia de dúvidas. A falta de pesquisa e debate no ensino faz com que existam lacunas, situações não explicadas, portanto, não muito claras para os estudantes, que acham estranho ou desagradável descender de macacos e por isso passam a desconfiar, ou a não aceitar a Teoria da Evolução. “Quando se ensina a Teoria Sintética da Evolução é necessário explicar corretamente os conceitos, para que se perceba que homens e macacos tiveram um ancestral comum, não exatamente um macaco, mas um primata”.

Criacionismo
Os criacionistas, grupo que apoia a visão bíblica de que Deus criou o mundo em seis dias há aproximadamente 6 mil anos, já investiram várias vezes contra a teoria de Darwin.
No entanto, nos últimos anos, os criacionistas deixaram de lado o discurso radical fundamentalista, tradicionalmente feito por religiosos que bradavam seus dogmas erguendo a bíblia, e os substituíram por uma teoria que se mostra mais racional e menos dogmática.

A Teoria do Plano Inteligente (IDT) é a forma de criacionismo mais recente, considerada mais sofisticada e que se apresenta com menor vigor religiosa, preocupada em contestar a teoria evolucionista, utilizando um discurso científico. Essa teoria nasceu no Discovery Institute de Seattle, um centro conservador inaugurado em 1990. Os defensores modernos do criacionismo procuram se colocar no campo do debate científico, mas ao mesmo tempo se consideram como uma “ponte entre ciência e religião”, não escondendo a base religiosa da teoria em questão.

A mais recente polêmica ocorreu no Kansas (EUA), numa disputa jurídica quanto ao ensino sobre a origem da vida nas escolas. Nos últimos anos, numa séria de questões polêmicas – que incluí a eleição presidencial – nos Estados Unidos, e não apenas no debate sobre a criação, destaca-se a recuperação da influência do fundamentalismo religioso no país. 

Um breve resumo sobre a evolução das espécies.


Tartarugas marinhas

Uma vez que as tartarugas marinhas atingem certa idade, a vida é muito legal. Elas surfam as correntes oceânicas, brincando em torno dos recifes de coral à procura de águas-vivas, admirando as cores. Se estiverem se sentindo antissociais, podem se esconder dentro de seus cascos fortes e camufladas e fingir serem rochas. Infelizmente, apenas uma em mil tartarugas consegue tal vida, por causa da sequência angustiante de eventos com que são confrontadas desde o nascimento.

As tartarugas marinhas nascem sem as mães. Dois meses antes de eclodirem, sua mãe encontra uma praia, cava um buraco circular e deposita cerca de 200 ovos para incubação.
Em uma tentativa de evitar predadores, ela tapa o buraco, suaviza a areia para esconder sua localização, e volta indiferente para o oceano. Uma vez que eclodem, as tartarugas marinhas bebê cavam para a superfície até que veem luz suficiente para determinar se é noite ou dia. Então, geralmente quando está escuro, irrompem para fora do buraco e fazem uma louca corrida para o oceano, através do pior caminho com obstáculos já construído.
Elas correm por suas vidas esquivando-se de algas e caranguejos enquanto evitam serem comidas e atacadas por pássaros, guaxinins e gatos que procuram uma refeição fácil. Se as tartarugas têm a sorte grande de chegar ao mar, nadam tão rápido quanto possível, lutando contra ondas e a maré para chegar ao oceano, onde começam o que os especialistas consideram seus “anos perdidos”. Este é o período de dez anos no qual a juventude torna as tartarugas incapazes de fazer tarefas normais. Elas são simplesmente arrastadas inexoravelmente pela água, constantemente evitando emaranhados mortais de algas e predadores, como se fosse um sushi bar sem vontade própria. Pobres tartaruguinhas.

Algumas espécies descobertas em 2014

A natureza é definitivamente um campo infinito de estudo. Com sua riqueza e variedade, fornece matéria-prima para cada vez mais estudos, sempre deixando espaço para novas descobertas.
A seleção de novas espécies que você vai conferir agora é um exemplo disso. E ainda vem com o bônus de nos faz pensar o que mais a natureza esconde de nossos olhos e o que podemos descobrir no futuro.

Olinguito
O Olinguito foi descoberto em Tandayapa Bird Lodge, no Equador. Os animais foram encontrados em zoológicos, mas até recentemente não eram considerados uma nova espécie.



Árvore dragão
Popularmente conhecida como “Dragon Tree”, a Dracaena kaweesakii foi descoberta na Tailândia. Sua flor é incrivelmente linda. Conta com pétalas brancas e filamentos cor de laranja.


Anêmonas de gelo
A Edwardsiella andrillae é uma nova espécie de anêmona, que vive na parte de baixo do gelo marinho antártico. Lugar estranho para se morar, não?


O camarão esqueleto
O Liropus minusculus é mede apenas alguns milímetros de comprimento. Este camarão translúcido vive em cavernas do mar na ilha de Santa Catalina – na Califórnia (Estados Unidos).



Penicilina laranja
Uma nova espécie de fungos foi encontrada no solo da Tunísia. Por conta de sua cor, recebeu o nome de Penicillium vanoranjei, mas também pode ser chamado de “penicilina laranja”.



Lagartixa “rabo de folha”
A Saltuarius eximius é uma nova espécie de lagartixa que pode ser encontrada em florestas remotas do norte da Austrália. Como você pode ver nas imagens, sua cauda tem formato de folha e toda sua pele é adaptada para se camuflar em cenários de natureza selvagem.



Ameba protista
A Spiculosiphon oceana é um micro-organismo protista unicelular bizarro que constrói uma concha em seu corpo a partir de pedaços de esqueletos descartados de esponjas marinhas. Sustentabilidade marinha, a gente vê por aqui! Embora seja feita de uma só célula, a ameba tem cerca de 4 cm de comprimento.



Micróbios resistentes à faxina
O Tersicoccus phoenicis é um micróbio isolado recém descoberto, que é encontrado mesmo em salas limpas. Sim: ele tem a incrível capacidade de resistir a todo e qualquer tipo de tentativa de esterilização.


A vespa Sininho
Esse inseto todo estranho que você está vendo em superclose na foto recebeu o nome de Tinkerbella nana (Tinkerbell é o nome da personagem da fada “Sininho” em inglês). A vespa é um parasitoide que mede apenas 250 micrômetros de comprimento e vive na Costa Rica.


O caracol transparente
Apesar de gosmento, esse caracol terrestre é um tanto fascinante. Ele vive na Croácia e tem uma cúpula transparente, como você pode admirar nas imagens. Batizado de Zospeum tholussum, ele também não têm olhos, pois seu habitat natural são cavernas absolutamente escuras. Uma curiosidade interessante: os caracóis dessa espécie se movem apenas alguns centímetros por semana, no máximo. A maior parte deles passa a vida simplesmente andando em círculos. [LiveScience]